Mulheres dão o tom das lutas em todo país em um 8 de março histórico

A Greve Internacional de Mulheres, que já virou um marco no 8 de março, tomou as ruas do Brasil e não foi diferente em Teresina. Mulheres do campo e da cidade, e diversos trabalhadores e estudantes, estiveram em um forte ato que denunciou a violência machista, as opressões de governos e patrões e disse um sonoro “não à Reforma da Previdência”.

A Reforma da Previdência tornou-se a principal pauta por ser um ataque brutal às mulheres e ameaça retirar o direito à uma aposentadoria digna através do aumento do tempo de serviço e de contribuição, desconsiderando a jornada de trabalho que chega a ser dupla e até tripla. A proposta também penaliza as professoras com o aumento da idade mínima para 60 anos e 30 anos de contribuição.

O SINDSERM participou da principal atividade unificada do dia, um ato partindo da praça da Liberdade e que depois lotou a Frei Serafim com as bandeiras de luta das mulheres, dialogando com a população que assistia e também somou-se à manifestação. Pela manhã aconteceu Assembleia Geral da categoria que reforçou a programação do Março Lilás, programação elaborada pelo Coletivo de Gênero e Classe do SINDSERM e o Setorial de Mulheres.

Durante a Assembleia, estudantes de Pedagogia da Universidade Estadual do Piauí fizeram performance teatral baseada no poema “Gritaram-me negra” da artista afroperuana, Victoria Santa Cruz. Foi aprovada pela Assembleia, a realização de um novo seminário sobre a Reforma da Previdência com data a ser definida para o mês de abril. Uma comissão foi formada para organizar o evento e contribuir na divulgação na categoria

A luta contra a Reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL) foi bandeira das mulheres que também levaram fortes denúncias contra as mortes por violência machista e os altos índices de feminicídio. Além disso, elas reivindicaram pautas históricas dos movimentos sociais e feministas como o direito à terra, creches, aborto seguro e a descriminalização das mulheres pelo direito de decidir sobre o próprio corpo, acesso amplo e gratuito à saúde, contra a homofobia, lesbofobia e transfobia.

O próximo dia de lutas será em 22 de março em uma grande convocação nacional de paralisações, manifestações e greves contra a Reforma da Previdência. O SINDSERM participa da organização em Teresina compondo o Fórum de Entidades Sindicais Populares e de Juventude na Luta por Direitos e Liberdades Democráticas.

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