Greve Geral convocada para 14 de junho após 1º de maio unificado

O ato do Dia das(os) Trabalhadoras(es) neste 1º de maio marcou mais um avanço da unidade entre centrais sindicais, sindicatos, o movimento popular e a juventude para derrotar a Reforma da Previdência de Guedes e Bolsonaro e defender os empregos e salários da população brasileira. Realizado no Parque Piauí, o momento foi um resgate histórico da tradição no bairro em realizar manifestações em defesa da classe trabalhadora e reuniu forças importantes para a continuidade das lutas em um calendário aprovado nacionalmente, marcando a data da Greve Nacional da Educação para 15 de maio e a Greve Geral no Brasil para 14 de junho. O Fórum de Lutas Pelos Direitos e Liberdades Democráticas organizou a atividade.

Iniciando na Praça da Integração e, em seguida, percorrendo a avenida principal do bairro e depois algumas ruas, o movimento contou a participação de trabalhadoras(es) de diversas categorias do serviço público, de trabalhadoras(es) do setor rural, da iniciativa privada e representantes de aposentadas(os), atingidos por barragens, movimentos de luta por moradia, movimento estudantil e independentes. As intervenções políticas no trio eram intercaladas com música, executadas por Gomes Brasil e Banda. A população que passava pelo local, elogiou e apoio a manifestação. Durante o ato foram coletadas assinaturas para o abaixo-assinado nacional contra a Reforma da Previdência.

“A escolha desse local marca uma importante iniciativa de valorizar a história de onde ocorreram lutas fundamentais da classe trabalhadora e agora a classe está mobilizada contra a Reforma Guedes/Bolsonaro. Nesse sentido, estamos muito satisfeitos de ter contado com a presença de lutadoras e lutadores para defender este que é o maior patrimônio da nossa classe, a aposentadoria e a Previdência Pública e Solidária. Eles querem entregar isso para os donos de banco, mas estamos dando a resposta nas ruas com todas as organizações presentes e preparando uma grande Greve Geral em 14 de junho e, ainda, a Greve da Educação no 15 de maio”, comentou Sinésio Soares, presidente do Sindicato das(os) Servidoras(es) Públicas(os) Municipais de Teresina (SINDSERM).

Foram recebidos também representantes do Movimento de Trabalhadores Católicos (Katholische Arbeitnehmer-Bewegung KAB), associação social na Alemanha, Áustria e Suíça, que tem suas raízes no movimento trabalhista cristão do século XIX. O grupo conta com apoio da Igreja Católica no bairro e foi ao ato prestar solidariedade com a luta contra a Reforma da Previdência e em defesa dos mais pobres.

“As mulheres, que são um dos segmentos mais afetados pela Reforma da Previdência, estão movimentando essa luta. Além desta data histórica, precisamos avançar e levar nossas pautas para todos os locais de trabalho. Nós mulheres e professoras corremos o sério risco com essa reforma que quer acabar com a aposentadoria especial e nos igualar no regime geral, sem levar em conta as jornadas de trabalho, as especificidades da categoria. Ainda mais, eles esquecem os altos índices de desemprego no país, quando propõem a capitalização”, critica Francilene Nascimento, diretora do SINDSERM.

Após o ato foi deliberado o seguinte calendário de lutas:

6 de maio, segunda-feira, 18h: Plenária organizativa na sede da CUT PI

15 de maio, quarta-feira: Greve Nacional da Educação

14 de junho, sexta-feira: Greve Geral no Brasil

 

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