PMT e Câmara aprovam ataque e professoras(es) avisam em coro: “Vereador, preste atenção: ano que vem tem eleição! E amanhã vai ser pior, terá até foto no outdoor”

A manifestação começou logo cedo. Professoras(es) da rede municipal de ensino atenderam ao chamado do Sindicato das(os) Servidoras(es) Públicas(os) Municipais de Teresina (SINDSERM) e compareceram à sessão desta quarta-feira (10) na Câmara Municipal que aprovou um grave ataque ao magistério, envolvendo o direito de organização sindical e luta por melhorias na educação. Por 21 votos a cinco, vereadores(as) aprovaram a retirada do inciso VI do artigo 26 da lei n° 2.972/2001 do Estatuto e o Plano de Cargos e Salários do Magistério Público da Rede de Ensino de Teresina referente ao direito de participação em seis assembleias anuais, como efetivo exercício.

Munidos de cartazes, palavras de ordem e muita coragem, professoras(es) e a Direção do SINDSERM manifestaram  repúdio contra mais um ataque de Firmino Filho (PSDB) contra a categoria. O prefeito, que não concedeu o reajuste anual de servidoras(es) municipais em maio deste ano, como determina a Constituição Federal, mostra a face mentirosa de sua gestão que diz apoiar a “melhor educação do Brasil”, mascarando uma política autoritária, de assédio moral, arrocho salarial, péssimas condições de trabalho e agora, com aval da maioria dos(as) vereadores(as), aprova uma medida antissindical.

“Esse ataque é uma vingança contra o SINDSERM em relação às denúncias de desvios de recursos que o Sindicato vem fazendo desde 2017 contra Firmino Filho e seus assessores, na Polícia federal – onde foi pedida a prisão do Prefeito, no MPF, na Justiça Federal e no TCE-PI, onde já foi divulgado um rombo de R$ 20 milhões, denunciado pelo SINDSERM e sobre o qual o Procurador Plinio Valente requereu a reprovação das contas da PMT/SEMEC. Não conseguirão nos calar!”, disse o presidente do SINDSERM, Sinésio Soares.

Os vereadores que votaram contra a categoria foram Graça Amorim (PMB)- líder do prefeito na Câmara, Edson Melo(PSDB), Enzo Samuel (PCdoB), Gustavo de Carvalho (Patriota), Gustavo Gaioso (PTC), Inácio Carvalho (Progressistas), Ítalo Barros,(PTC), Joninha (AVANTE), Levino de Jesus (PRB), Luis André (PSL), Luiz Lobão (MDB), Neto do Angelim (DC), Nilson Cavalcante (Avante), Pedro Fernandes (PRP), Pollyanna Rocha (PV), Sgt. R. Silva (Progressistas), Stanley Freire (PR), Teresinha Medeiros (PSL), Valdemir Virgino(PRP), Aluísio Sampaio (Progressistas), Lázaro Carvalho (Cidadania). Contra o projeto e respeitando a categoria presente votaram Cida Santiago (PSD), Deolindo Moura(PT), Dudu(PT), Major Paulo Roberto(SD) e Professor Zé Nito (MDB).

O SINDSERM irá divulgar outdoors, em período mais próximo das eleições municipais, com os nomes e as fotografias dos 21 vereadores(as) que votaram pela aprovação da retirada desse direito da categoria. A entidade vai também produzir e distribuir cartilhas para as(os) profissionais do magistério, com o intuito de que sejam feitos trabalhos de conscientização nas comunidades, alertando a população para os desmontes feitos pela prefeitura e do apoio imoral dos vereadores .

O Sindicato ainda destaca que louva a consciência social e política de quem protagonizou a resistência diante do ataque brutal que a categoria sofreu e adianta ainda que os próximos passos na luta serão no sentido da manutenção da mobilização e das denúncias. A aprovação do Projeto de Lei Complementar não deverá diminuir a força de quem sempre permanece na luta.

Na próxima sexta-feira (12), a partir das 8h, o SINDSERM estará, juntamente com outras entidades sindicais, populares e de juventude, protestando contra a Reforma da Previdência, em frente ao prédio do INSS.

Na imagem em destaque, confira o resultado da votação.